sábado, 23 de agosto de 2008

enquanto a inspiração não vem....

Depois de gerações sem aparecer por aqui venho só pra tirar o pó e o cheiro de mofo simplismente para dar o ar da graça.
Sim, tenho 32245752455455 assuntos para serem tratados aqui e nem vou mencionar porque estragaria os próximos capítulos. Então, enquanto o tempo para escrever não vem (siiiiiiim, estou trabalhando pracaraleo por parível que increça!) vou postar um singelo dicionário que eu e minhas amigas-irmãs escrevemos para quando voltarmos ao Brasil lembrarmos do nosso dialeto.

*Tchacharar – verbo intransitivo direto. Ação na qual a pessoa age de maneira excessivamente falante.
*Prestar vestibular – ação onde a pessoa fica rondando um grupo ou um determinado indivíduo para puxar assunto e fazer amizade.
*Piriguetar – ato de tornar-se visível e disponível para o sexo oposto
*Expor a figura – passear pelo condomínio para tornar-se visível para todos
*Off line – dormir ou estar incomunicável
*De foder – o máximo dos superlativos
*Big brother – a experiência de viver em intercâmbio no vista way
*Maravis – adjetivo aplicado a alguma coisa considerada muito boa (principalmente homens)
*Doletas – moeda local, apelido do dolar
*Malmita – marmita, comida preparada semanalmente por um dos nossos, com o sotaque do interior do sul do país (lááá do maringá)
*Carne fresca – pessoas (possivelmente interessantes) recém chegadas a um determinado local
*Partiu – ato de abandonar um local


ainda falta alguma coisa, depois coloco mais!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O dia em que eu sentei no banheiro e chorei

de alívio, de raiva, de tristeza, de alegria, por estar - finalmente - me sentindo livre....

Well, well, well... melhor explicar o que aconteceu, não?
No capítulo anterior eu disse que estava trabalhando no "novíssimo" projeto da disney chamado super greeter. Pois bem, a merda fedeu exatamente aí. Fui colocada pra trabalhar em um local onde as pessoas não faziam idéia do que estava acontecendo, não sabiam o que eu deveria fazer e nos primeiros dias eu fui cobrada por uma coisa à qual não sou paga pra fazer.
Lóóóóóógico que bati o pé e disse que não trabalharia com quick neeeeeeeeeeeeem na porrada. Aviso aos navegantes extra-disney: quick service são as lanchonetes e eu sou de restaurante, um mundo totalmente diferente. O salário de quick é maior do que o de full, então não devo fazer nada que diga respeito à essa rotina louca.

Explicando o que é super greeter:
São pessoas, preferencialmente brasileiros, que são colocados em pontos estratégicos do parque para dar assistência aos brasileiros, especialmente aos grupos de excursão. Traduzindo, se necessário guiando, dando dicas ou simplesmene conversando pois alguns deles se sentem meio perdidos aqui. É um trabalho basicamente social, o operacional fica um pouco de lado.

Mas muitos do local onde eu fui "jogada" não entenderam isso e passaram a me olhar de cara feia, cochichando... Até entendo, enquanto o caboclo tá lá esquentando o umbigo fritando batata, eu tô na frente do local sorrindo, convidando as pessoas para entrar, distribuindo mapas, toda pintosa.
Porém a culpa não foi minha, não pedi pra fazer isso e muito menos pra trabalhar onde fui parar.
Logo na primeira semana eu me senti muito mal, mas o que me ajudava era a liberdade que eu nunca tive nos tempos de Prime Time, pois como greeter eu poderia andar pelo parque e conhecer gente nova, fazer novos amigos dos mais variados roles. Fiz amizade com guest, me encantei com os guias turísticos mais fofos e sempre com a fiel companhia de Lud e Carol.
Todas as manhãs era a mesma coisa, o encontro das três pra fazer a ronda...
Sabe lixeiro que um fica varrendo o lixo do outro? Pois bem, com a gente esse papo de greeter era basicamente isso. Três greeters pra uma única família, pra dar uma única informação... e ai de quem separasse a gente!

Por mais que a companhia das amigas fosse quase contante eu ainda estava mal por causa da forma com que as coisas andavam na minha base. Não é nada legal trabalhar em um local onde todos te olham com cara feia e fazem comentários maldosos. Tinha pedido pra voltar mas eles davam a mesma resposta: mas são apenas cinco semanas.... isso porque TEORICAMENTE trata-se de um trabalho opcional, ficaríamos lá se quiséssemos.

Até um dia em que a bomba estourou, a bomba do preconceito americano. fiquei a minha última semana de greeter aguentando desaforo de americano falando mal de brasileiro na minha cara. Alguns falavam comigo sem eu saber que era brasileira e eu dava corda pro cara atéééééé ele falar bastante merda e depois ler sem acreditar muito que eu sou do Brasil. Aquilo tava acabando comigo, mas isso não me tiraria de lá, afinal guest é guest.
Mas foi nessa mesma leva de preconceito de americano que se acha o foda que eu consegui minha carta de alforria. Porque aguentar guest babaca e ignorante é uma coisa, já aguentar cast member fdp que fala mal de brasileiro na minha fuça e ainda maltratar os brazucas beeeeeeeem na minha frente é demais! Eu não aguentei a pressão e pedi pra sair, mas pedi pra sair conta por y, x e z! Claro, não deixaria um caso de extrema filhadaputagem como aquele assim sem contar às autoridades. E foi assim que eu consegui voltar, por causa do "comportamento inaceitável" que eu fui obrigada a ver nos últimos dias.

Enfim, logo depois de ter vivido fortes cenas de preconceito e intolerância, me segurando horrores pra não chorar, eis que aparece um engravatado me procurando me dando a notícia de que havia lido meus 224572565656 emails e que eu não deveria passar por aquilo, no dia seguinte, prime time me aguardava. CARAAAAAAAAALEO, sei que americano é meio frio, mas quase dei um abraço no engravatado! Conversei mais um pouco com ele com a minha roommie mexicana observando tudo sem entender o que se passava. Ela tava preocupada com o que acontecia comigo e com a minha tristeza dos meus últimos dias trabalhando lá, mas vendo meu semblante mudando, ela logo percebeu e chutou: vai voltar?
Só foi o tempo de abraçá-la e sair correndo pro banheiro
É ruim que eu vou dar mole pra malandro ver a minha cara toda borrada e pior, sem entender nada.
Entrei no banheiro, sentei, encostei a cabeça na parede e só deixei o aguaceiro sair dos olhos. Era uma mistura de emoções que eu nem sei mais que porra era aquela, os últimos dias tinham sido tão difíceis que só mesmo uma notícia daquela pra me fazer sorrir novamente, com vontade e não porque sou paga pra isso. A minha vontade foi de sair contando pta todos, mas me contive em contar apenas para os amigos e, claro, pra manager de lá que nada tinha a ver com essa história. Pelo menos saí limpa daquele lugar, saí porque pedi, porque algo muito errado foi feito comigo, não fiquei puta com manager nenhum, mas hora extra lá eu não faço nem na porrada.

O dia seguinte: oh, happy day...
O mais próximo que eu posso estar de casa é no lugar onde as pessoas queridas estão, sem ser no vista, a minha casa chama-se 50's Prime Time Cafe. Até da costume dos anos 50 eu sentia uma imensa falta, das televisões, das saudações (hi, kids!, bye, kids!... todo mundo vira uma criança lá). Sem ser piegas, mas deu uma vontade de chorar duca quando eu entrei naquela porta da cozinha pra bater meu cartão. Parece que tudo tinha permanecido igual, as pessoas que nem sempre eu conversava sorriam pra mim me dando boas vindas novamente e os mais chegados me deram as melhores boas vindas que eu poderia esperar.
Em pensar que um mês atrás eu estava de saco cheio de lá e vibrando com essa história de super greeter... a gente sempre dá valor quando perde mesmo.
Ainda bem que eu tive a maravilhosa oportunidade de voltar atrás e sim, dar valor ao que tenho, aos meus amigos de lá, estreitar os meus laços, dar mais atenção àquela pessoa que às vezes por timidez não é muito de falar.

Agora eu não estou sorrindo porque "sou paga pra isso" e sim porque tenho vontade de sorrir.
Definitivamente aquele ditado tem razão: Depois da tempestade vem a bonança.
Esta é a semana mais feliz dos últimos 3 meses.
E falta uma semana pra mamãe chegar
iiiiiiiisssssssssaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Apredendo a valorizar a merda que se tem

Muito tempo sem escrever nessa bodega aqui. Às vezes a vontade que dá é de escrever no blog normal, sobre coisas normais.... mas fazer o que, né? Eu estou aqui....
Bem amigos da Rede Globo, a saga continua e as forças estão indo para o ralo. Assim como meu dinheiro! HAHAHA

Ando pensando muito no filme Tropa de Elite e no Capitão Nascimento (uuuuuuiiiiiiiii!!) me mandando pedir pra sair. Também me chamando pra sair COM ele, claro! Rs Porque a crise aqui anda cada vez mais feia. Mas não quero falar disso novamente pois já está ficando prá lá de repetitivo. Voltando ao papo sério, que é bem sério mesmo, penso, pensei e creio que pensarei durante os meus 3 meses restantes no assunto: sair ou não sair antes, eis a questão.

Pelo menos uma vez por semana imagino a minha doce pessoa mandando Professor Xavier, meu manager mais escroto, indo tomar no cu. Não tem uma semana que aquele safado me tira do sério e me faz querer ir chorar no banheiro! Mas por outro lado, tenho outros três managers ultra mega fofos que me fazem sentir um pouco em casa. É a lei da compensação...
Nem sei o que aconteceu nos últimos tempos, desde os último post. Ah, nem deve ter acontecido muita coisa não... certamente fui no shopping umas 12452424574 vezes, devo ter dado alguns call sick e esgotei minha cota, fiquei o mês quase todo no sapatinho porque tinha enfiado o pé na jaca com esse meu novo vício. Maaaaaaaaaaaaaaas, agora tudo será diferente pois o mês virou e estou abrindo julho em grande estilo: dando um call sick! Hehehehehhe por incrível que pareça agora é sério, estou sei lá o que com algum mau olhado, desidratação, tristeza por causa da novidade (próx parágrafo), saudade de casa, falta de macho.. whatever! Aproveitarei meu magical day (estou escrevendo isso na véspera) pra fazer Amelia things como lavar roupa, finalmente desfazer as malas da mudança que não aconteceu....

Siiiiiiiiiim, mudança que não aconteceu! Sabia que algo estava faltando aqui. Quando a gente acha que vai melhorar, a vida te prova que é possível piorar e te mostra que sim, devemos valorizar a merda que temos. Vamos aos fatos: 3804, o apartamento do terror, isso aí já é um fato conhecido de muitos que leem essa palhaçada aqui. Mas me deu um siricotico e queria mudar pra algo melhor onde tivesse mais brasileiras. Claro que não abandonaria minha roommie nunca, portanto precisaríamos de uma apê com brazucas legais e com duas vagas. Missão impossível? Pior que não! Aconteceu no mês passado com duas das nossas amigas mais chegadas, mas ficamos com medo de ir pra lá, e acabamos ficando no terror place. Como somos brasileiras e não desistimos nunca, ficamos sempre na expectativa de alguma coisa melhor aparecer e não é que apareceu? No meio do meu trabalho, uma amiga minha me liga correndo pra avisar que tinha duas vagas no apê dela e que deveríamos ser rápidas. Como duas flexas, fomos ver como teríamos que fazer e tal.... o procedimento de relocação aqui no Vista Way é muito simples, se eles virem que dá pra você realmente se mudar, você paga os cinqüentinha e se muda. E foi o que fizemos, pagamos, empacotamos tuuuuuuuuuuudo e, na hora de levar as coisas uma pedra (ou duas) apareceu no nosso caminho. A nossa amiga disse que tinha duas vagas, mas em quartos diferentes e ela faria tudo para colocá-las em um único quarto, mas isso tudo foi feito depois de nós já termos pago a porra toda! Resumo da ópera as outras meninas não arredaram o pé e cada uma quis ficar no seu respectivo quarto. Tentamos levar nossas coisas mesmo assim, e tentar resolver isso com o passar dos dias, mas fomos “calorosamente” recebidas por uma das meninas com uma das portas trancadas. Será mesmo que preciso dizer qual é o continente de origem da doce criatura? Hehehehehhe só que dessa vez, não é China! Na hora pensei que aquilo iria dar merda e comecei a ficar com dó das meninas (as legais) do meu apê. A mexicana ficou toda mal quando soube que iríamos embora e a china (pseudo-sapata) ficou muito triste meeeeeeeeeeeeeesmo. E pensei: tô trocando uma merda por um monte de bosta ainda mais fedorenta? Pelo menos aqui eu conheço meus problemas, sei quem é do lado negro da força e quem é apenas esquisito. E lá foi o cão arrependido pedir pra desmudar e não perdi tempo, expliquei o porquê da minha desistência. Ah, taiwanesa fidaputa, tu ainda me paga!

O que eu falei mais acima, sobre a vida te mostrar que as coisas podem ficar piores deveria ser pintado no meu quarto pra eu parar de merdinha e querer mudar as coisas afim de melhorá-las pois sempre dá merda, como foi lido no parágrafo acima. Andava meio de saco cheio do meu trabalho no Prime Time, sempre fazendo a mesma coisa, sempre trabalhando muito mais do que aqueles americanos folgados e sempre muito mais cobrada que todos eles. Achava que eu tinha tendências xenofóbicas até chegar aqui nessa terra.... o quêêêê?! Habla siério! Esses americanos não toleram nada que não venha do mesmo país que o deles, e a forma “tolerante” deles dizerem “ai, cruzes” é, “nossa, que exótico!”. Achava que aquilo era um problema do local e não da cultura deles. Acabei culpando muita gente inocente por causa disso, e só fiquei valorizando muitas pessoas queridas na minha última semana, quando todo mundo ficou sabendo que eu estava pra ir pra outro lugar, e muitos vieram falar comigo super tristes. As pessoas falando pra eu apaecer lá na minha folga, pra dar um alô que sentiriam minha falta e todo aquele blablabla.... pode parecer meio piegas, mas não esperava por isso. Aí, lá fui eu pro meu novo job de brazilian super greeter. O estranho é que na véspera do meu primeiro dia comecei a me comportar como se fosse o último dia da minha vida, como se eu não quisesse acordar no dia seguinte. Deveria ser um pressentimento, porque puta merda, que trabalhinho escroto! Brazilian super porra nenhuma, isso sim! Ninguém sabia de nada desse cargo e, como eu fui remanejada pra uma lanchonete, logicamente me colocaram de quick. CARALEO!!! Não recebo e muito menos ganho como quick, “fiquei puta” é apenas um elogio perto d estado que eu fiquei. Puto ficou foi o pessoal de lá que me via fazendo porra nenhuma e não entendia o porquê. Só sei que o House of Blues desse domingo mais parecia um sindicato revoltoso, todo mundo reclamando da mesma coisa e, voilá, hoje pela manhã o manager do cast service trabalhou feito um cachorro pra explicar em todos os locais que raio de trabalho era aquele e que nós não poderíamos fazer nada a não ser dar informações e prestar auxílio aos guests. Agora, imagine pra quem tá lá na cozinha, fritando batata, e vê a mamãe aqui só de rolê dando oizinhos, tchauzinhos e coisas mais amenas? Tem mesmo razão pra ficar puuuuuuuuuuuuuto!!!! Enfim, não estou gostando, passo o dia com gente me olhando de cara virada (vamos combinar, eles têm lá sua razão pra isso), ninguém conhecido, ninguém amigável.... é, essas cinco semanas serão longas! Que saudade do Prime Time! E eu reclamava...

Semana que vem rola o tal quatro de julho, acho bonito quando acontece essas paradas patrióticas. Quisera que tivesse algo assim no Brasil. Vou cancelar minha hora extra (hehehehe) só pra ver qual é a desse dia. Tá aí uma das coisas que eu bato palma pra esses caras, esses são patriotas pra cacete. Vou assistir aos fogos do quatro de julho com meu lindo pin do Brasil, patriota por patriota, sou mais eu!!!!

sábado, 7 de junho de 2008

A cast member e a bolha

Juro, nunca mais minto, nunca mais falo inverdades afim de me dar bem porque no final das contas eu acabo me ferrando. Lembro bem do dia da entrevista da STB onde a mocinha me perguntava diversas vezes se eu me importava de dividir quarto e de morar com pessoas de culturas diferentes. E o que eu disse? Hein? Hein? Claro que não, que achava que aquilo era engrandecedor, que dividi quarto com minha irmã por muitos anos e, apesar de literalmente termos saído do mesmo buraco, posso sim considerá-la uma cultura diferente da minha. Disse até que sentia falta dos tempos em que eu dividia quarto com minha irmã, ou dos (malditos) tempos em que eu morava em república... Tudo isso com o olhar mais saudoso do mundo! Não consigo entender de onde eu tirei tanta ternura ao falar dessas lembranças que, pra mim, são pavorosas!

O fato é que eu menti pra caralho, deveria ter ganhado o Oscar pela minha belíssima atuação de mocinha altruísta que não se importa em dividir objetos & espaços. E o que deu? Sim, amigos da Rede Globo, por pouco não fui enviada pra sede da ONU. O que já parecia ruim demonstra sinais de que a merda apenas começa a feder! Nem preciso fazer a escalação do time do 3804, o apartamento do terror, mas apenas darei algumas novidades que são proporcionais ao meu mau humor.

Não sei se por aí no Brasil a notícia está correndo, mas aqui rolou uma tal de semana gay, mas acho que essa porra vai é durar a vida inteira porque vai ter público gls assim na puta que o pariu! Pra minha sorte, a festa gay do meu parquinho, que by the way, foi o primeiro a fazer, foi realizada no meu day off! Ou seja, nada de me sentir diabética em loja de doces, nada de ficar dizendo "o que, o que, o que!" pras cantadas da mulherada. Nada contra, mas não morreria de orgulho se filho meu fosse. E eis que a marreco da chinesa que mora aqui ficou toda-toda, cheia de perguntinhas e interesses. Aí, depois do dia em que ela descobriu essa festa se liberou mais e, adivinha? Sim, amigos da Rede Globo, de acordo com minhas suspeitas e seguindo ditados infames, quem quiser seguir esse "quem não tem cão, caça com gato", é só procurar a chinesa aqui em casa. Eu, hein? rs Coisa mais bizarra...

A briga por um lugar mais limpo continua. Hoje eu acabei de descobrir que meu banheiro, além de um lugar de se fazer #1, #2, tomar banho... também é uma lanaderia com direito a varal! O lugar fica totalmente emporcalhado! E ao ver aquela zona do que eu lembrei mesmo? Da minha mentira! Pois algumas amigas minhas também passam o mesmo problema com as chinas delas então, porqueira deve ser algo cultural, deveria ser respeitado, neah? rs

Devo admitir, isso aqui já tá perdendo toda a graça que tinha antes. Ok, tô jogando caô de homem quando quer terminar a parada só porque já transou com a menina. Vai ver que é isso mesmo. Já usei e abusei de todos os parques, não aguento mais ver os ônibus alfabéticos, costumes ridículas, sorrir pra guests idiotas, dizer "hiiiiiiiii, princess" pra criança mais horrenda do mundo. Sim, eu precisava de um refúgio, de um lugar onde eu poderia ser eu mesma, onde eu poderia olhar com cara de nojo, pedir licença de qualquer jeito, poder reclamar do mau serviço, enfim, fazer algo que não fosse extremamente positivo, ou o que o chefinho chama de basics...

Eis que meu refúgio essa semana foi um call in pra fugir pra Universal Studios. Definitivamente não é a Disney! O tratamento passa a milhas de distância dos basics, as pessoas não sorriem o tempo imteiro e... guess what, eu perdi a conta de quantos olhares de nojo mandei pro povo, quantas reclamações eu fiz. Aaaaaaaaaaah, que saudade da minha maléfica identidade! De fato, eu estava um pouco adoentadinha, o call sick foi só uma dramatização de uma realidade, mas fui mesmo assim e fiquei maaaaaaal depois, mas me diverti, me senti leve! E sabe do mais? Era disso que eu precisava, sair da bolha da Disney.

Fiquei uns 200 paus mais pobre, mas me diverti pra caralho e com a possibilidade de voltar lá quando eu quiser (passe anuaaaaaaaaal!), agora eu já sei pra onde eu posso correr quando me sentir sem ar. Mas ainda não me sinto saisfeita, quero ter uma vida extra-parque mas isso aí será um novo passo. Quando eu puder juntar dinheiro pra comprar minha câmera nova, pois a minha foi pro saco e juntar pra outros planitos... eu sairei definitivamente da bolha!!!

E haaaaaaaaaaaaaja call sick pra isso, já está virando um vício.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Näo sei se caso, viajo ou compro uma bicicleta

Ou se chuto o balde! rs

Fiquei dias à fio num dilema relacionado às compras. Ohhhhhhhhhhhhhhh, por que será, hein? Hein? Hein? Se eu pudesse, minha vida giraria em torno de homem e compras. Como eu disse "se eu pudesse...". O fato é que gastei neurônio demais pensando se compraria com carro ou um computador, pensava nos prós e contras de cada um deles e... peraí, eu tô decidindo entre comprar um apartamento em Paris e aplicar milhão na bolsa ou qual é a melhor maneira de gastar 700 paus? Realmente, eu sou tosca! Fiz um carnaval em torno de um troco, um troco para os frequentadores da Ilha de caras. Pra mim é grande coisa sim, mas não precisava fazer tanto estardalhaço. O assunto "não sei se compro uma bicicleta" foi encerrado da seguinte maneira:
Como diria Rita Lee, um belo dia resolvi mudar....
e liguei pra central e mandei um call in!
pra aproveitar as promoções do memorial day
e finalmente, meu laptop, eu comprei!

Os últimos dias foram meio tensos por aqui, esse apê parece que é uma bomba silenciosa, as pessoas mal se falam, e a sensação que eu tenho é que a qualquer momento alguém vai explodir. E eu sei muitíssimo bem quem fará isso! Hehehehehehehe
Desculpe, mas nas veias da mamãe aqui corre sangue quente e não água, e certas coisas eu simplesmente não aguento. Sim, virei uma bomba relógio apenas esperando o momento e a direção da explosão. É divertido isso. Como aquele personagem bichoooooooooooooona do Zorra total sempre diz, meeeeexe com quem tá quieto! Mexeu, fudeu! Por conta dessas coisas, a minha viagem mais viável foi do prédio 38 pra qualquer outro prédio. Mas aí, pensei, pensei.... eita coisa chata esse negócio de pensar! Trocar uma bosta pra ficar numa merda? Não seria trocar o seis pelo meia dúzia? Às vezes eu até sairia perdendo, então continuo por aqui, nessa Guerra Fria, porque, na verdade, até que reclamar de vez em quando é divertido. Quando se tira coisas engraçadas disso, e não como certas habitantes desse apartamento que fazem de sua vida uma reclamação. Ah, só pra constar, o problema mudou de nacionalidade, mas prefiro não comentar! heheheheheh Ih, xá pra lá!
Quem sabe a próxima viagem será Paterson Court? Pagar um pouco a mais, e quem sabe poder mudar de habitantes nos apês seria ótimo!

Agora vem a piada do ano: Não sei se caso.... Com quem, cara pálida? Quando a gente se inscreveu pra esse programa esqueceram de nos avisar do problema master: não tem homem por aqui! Quer dizer, até deve ter um perdido aqui, outro ali... rela a lenda que dia desses um exemplar foi visto andando um com uma mula sem cabeça, mas vai acreditar nessas lendas de Orlando? Eu já não acredito mais! Eu sou da linha "em fim de festa, guardanapo vira bolo" e "a necessidade faz o sapo pular". No meu caso, o guardanapo, que semanas atrás era carinhosamente chamado de papel higiênico, dado o nível que eu o rebaixava, hoje virou bolo decorado com direito a bonequinhos em cima! E disputa!!! Mas esses assunto prefiro deixar pra lá, seria muita exposição, quem sabe, sabe e quem não sabe, melhor deixar que as mentes fluam....
Já ouvi muitas coisas por aí, hoje uma amiga me disse que pega tudo menos cast member, no maior estilo "onde de ganha o pão, não se come a carne". Será? Oooooopz, melhor não comentar novamente! hahahahhahahahahah
Só digo o seguinte, vivemos numa bolha, quem não é guest, provavelmente será cast member. Porque fechar um círculo que já é tããão fechado? O jeito aqui é ou entregar-se ao ceibabto total nesses seis meses ou cair matando e tentar pegar papel amassado na ventania. Fazer o que? A maldição de outra amiga deu certo, 0% homem....
E dá-lhe guardanapos virando cada vez mais bolos!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Todo trabalho é bom, o ruim é ter que trabalhar!

Todos os dias quando eu visto minha rosada costume e o belíssimo avental para ir para o tronco eu me lembro do saudoso Seu Madruga com essa frase. E não é que ele tem razão? Como eu tava desesperada, triste e agressiva quando estava desempregada e agora veja só eu aqui reclamando de ter que ir trabalhar. O substantivo TRA-BA-LHO é lindo, o foda é quando ele vira um verbo...

Tenho certeza de que já recebeu o clássico email da segunda e da sexta feira onde na segunda-feira o urso polar sai se arrastando pela neve, urrando ou sei lá qual o som que ele faz, mas o conceito de obrigação cai muito bem com a nossa segunda-feira brasileira. Já na sexta é o vídeo de um pinguim correndo saltitante, todo feliz. Por que será? Hein? Hein? Hein? Enfim, como não temos sextas e segundas, o que dizemos aqui são os off`s, que podem muito bem cair numa segunda, why not? Pra minha sorte, o meu caiu na sexta, êêêê, eu sou um pinguim!!! E a maré mansa se extende té sábado porque eu tenho aulas e ainda nem me cocei pra pegar hora extra, por enquanto só reclamo que gasto, gasto, gasto....

Ok, eu admito, esse texto será dedicado ao trabalho e à minha alegria pelo fato de eu estar trabalhando mais de oito horas por dia. êêêê, a pimentinha da minha manager finalmente ouviu meus pedidos, acho mesmo que aquela doida vai com a minha cara! Bem.... alguém lá tem que ir, mas isso é oooooutro papo, pra outro post... rs
O fato é que eu passei as últimas semanas quase mordendo o cotovelo de tão desesperada porque estava trabalhando apenas 6h diárias. Dá pra ter uma noção do que é isso? Logo eu, que numa brimcadeirinha no Walmart gasto pelo menos uns 60 paus? Ok, ok, eu sou uma desperate wousewife e não resisto a um supermecado e parecia que a relação compras x paycheck era sempre inversamente proporcional::quanto menor o paycheck, maiores as compras.

Já tô aqui há quase dois meses e ainda não comprei meu computador, ainda não aprendi a fazer arroz com a papa nojenta que eles chamam de rice, não assisti ao wishes.... mas parece que eu tô há meeeeeeeeeeses, quando penso na casa dos meus pais, principalmente no meu quarto, parece algo tão distante, é muito esquisita essa sensação. Meus pais estão sempre presentes na minha rotina, falo com eles diariamente. VALEU, NEXTEL!!! Mas se eu for pensar nas coisas materiais, ficou tudo meio fictício, parece papo de Matrix, como se fosse coisa criada na minha mente. Papo doido, né? Mas é isso mesmo, me habituei muito bem com algumas coisas aqui. EU DISSE ALGUMAS!!!! Posso citar, posso citar, posso citar? Então senta que lá vem história.....

1- povinho BABACA esse americano, hein? Vô te contar, nunca vi gente mais arrogante que eles. Tipo, você (tô dando um exemplo da minha rotina de trabalho) grita o sobrenome Silveira e procura a tal família Silveira, você olha na sua ficha que esse grupo tem 4 adultos, 2 criança e 1 bebê. Na sala tem apenas um grupo com essas características e mesmo depois de você gritar diveeeeeeeeersas vezes, os Silveira fazem cara de altismo pra você até que você toma coragem e pergunta o sobrenome do digníssimo grupo. E.... adivinha qual é.... BINGO! Impaciente (mas sempre sorrindo!) você diz na brincadeira (pois no meu restaurante é possível brincar) que estava berrando por Silveira. E o cara simplesmente vira pra você e diz "Não, você estava falando Siiilveira." E a vontade de mandar no cu fica ondeeeeeeeeeeeeeeeee?

2- dividir banheiro. Nem comento mais de dividir quarto, apartamento.... mas banheiro tá sendo a perda total da dignidade. Divido com Lud, minha roomie, rainha Elizabeh (a inglesa safada) e Baolin (a chinesa que mais parece um marreco quando entra no banheiro) Usar o banheiro mais parece ganhar na Mega Sena, mas isso nem me emputece mais, o que me tira do sério é a porqueira que a comunidade asiátia e européia. É um tal de cabelo no ralo, marrreco que mais parece tomar banho na pia e não debaixo do chuveiro, cabelo espalhado no chão, lixo que ninguém tira... E, pra quem me conhece bem, isso mais parece uma conspiração pra me tirar completamente do sério!

3- carro... o que é isso mesmo? Nunca andei tanto de ônibus na vida! Tava pensando em comprar um carro ao invés de comprar o computador, mas fiquei pensando na quantidade de "amizades" instantâneas que surgiriam a partir daí, doidas por uma carona, e que seriam meus "amigos" pra sempre, mas na hora de pagar a gasolina se fazem de mortos. Pensei muito bem, e comprando o computador, ninguém me encheria o saco. Vou sofrer sem o carro, mas dessa maneira não terei enchessão de saco.


Ando pensando em muitas coisas ultimamente, não sei se caso, viajo ou se compro uma bicicleta...
Isso, deixa essa frase pro próximo post! rs

quarta-feira, 30 de abril de 2008

BIG BROTHER VISTA WAY

tááááááááááá, eu admito, vagabundei, fiquei aqui vendo quem tava comentando e quem não tava, fiquei puta com quem lia e não comentava, mas escrever que é bom ao longo desses dias todos, NAAAAAAAAAADA!

Enfim, a poeira vai baixando e o asteróide "acabamos de chegar" já não tem mais tanta força. As pessoas estão se acostumando com os seus trabalhos, com suas costumes ridículas.... Ah comentei disso não? iiiiiihhhhhhhh, tô é atrasada! Então senta que lá vem história!
O papo é que a grande maioria do meu povo tava detestando o trabalho que pegou. Ou porque tava esperando coisa melhor (manager, quem sabe? hehehe) ou porque sentiu uma baita falta da vida confortável que levava no Brasil, porque aqui as coisas não são bolinho não. Era muito chato ver os amigos com aquela cara de abatimento, saber que a maioria esmagadora deve ter gasto (num somatório) uns dez paus e vem pra cá fazer cara de putinho. SE FOSSE FILHO MEU, LEVAVA UMA SURRA!
Confesso que nos primeiros dias até eu fiquei meio abatida, mas sabia que isso ia passar, o grande culpado desse meu sentimento era o inglês. Eu precisei chegr aqui pra saber que a minha linda formatura e o diploma do CCAA não valeram de nada e que assistir filmes e seriado sem legenda também não vale pois já sabemos o contexto. Fiquei maaaaaaaaaaaaaal nos primeiros dias ao me deparar com meu nível simplório de inglês. Agora eu aperto o foda-se e tento aprender a cada dia alguma coisa nova.

Creio que uns 85% estão nessa de apertar o foda-se e let's have fun porque é mais ou menos assim que a banda toca por aqui. Se formos pensar no quanto ganhamos ou trabalhamos a gente pira. Melhor pensar nas regalias que temos (que não são láááá tão poucas) e aproveitar esse momento. Esses dias surgiu um papel com o programa da California nas nossas portas. Vocês têm noção do que essa porra significa pra mim? Surtei pra caralho quando eu li! Até conversei com a inglesa fidaputa que mora comigo, de tão feliz que eu fiquei! Pros caluros, eu já vou explicando, eles estõ fazendo um recrutamento pra ir trabalhar na Disney da Calirfornia agora, a gente sairia no meio do programa e ficaria, ao todo, uns oito meses aqui nos EUA. Mas.... e eu deixaria essa galeria aqui e sairia sozinha? NUNCA!!! Cheguei a ir na palestra, mas vi que não vaaaaaaaaaale a pena, o salário é só um pouquinho maior e não compensa se formos analisar o custo de vida californio. Quem sabe uma outra oportunidade?

O trabalho está indo bem, aqui em casa, tirando Elizabeth III, também, as aulas começam nesse sábado, eu até agora nada de laptop, e então nada de novidades? Não.... Ah sim, comprei um celular, me rendi aos encantos da telefonia ultra barata norte-americana. Puta merda, com um dolar por dia você fala ilimitadamente pra qualquer número local. Imagina se rola isso no Brasil? ia dar merda, certamente.... rs

Eita coisa estranha essa tal de convivência! Acho que pra isso eu não tava preparada, tava preparada pros maiores perrengues, mas pra algumas convivências eu confesso que ainda fico chocada. Algumas frases do tipo "A máscara caiu", "Ele não era assim antes", "Mas que fdp, ela deveria se desculpar com você!" soam meio Big Brother, não? Mas não é, é puro Vista Way- Chatham. Ok, tive que citar a tediolândia tendo em vista que tenho amigos queridos por lá. Ficamos muito tempo nessa lenga-lenga de amizades virtuais e, em alguns casos foi ótimo, pois chegando aqui era como se o papo tivesse sido estendido. Mas em outros casos, parecia que a pessoa que "conhecíamos" era outra. Algumas pessoas chegaram a ficar boladas com isso, pensativas sobre como isso foi acontecer. Eu simplesmente cago pois tenho a doentia mania de sempre esperar o pior de todos, o que vier de bom serão agradáveis surpresas. E foi isso que mais tive por aqui, muita, muita boas supresas, amigos que nem imaginava ter e agora são parceirões. Quanto aos amigos que eu achei que fossem sem meus amigos inseparáveis, o que posso dizer? .... ..... .... Ah, sei lá, gente, faltou assunto, quero mais é me dirvertir! Tô tão feliz que na minha mente não cabe espaço pra bolação.
Mas que é muuuuuuuuuuuuuuuito engraçado fazer esses comentários isso é, me sinto no mais autêntico BBB, ou seria BBVW? Eu já tenho minha indicação pro paredão! hehehehehe
Biaaaaaaaaaallllllll, cadê você, meu filho!

sábado, 19 de abril de 2008

A primeira semana termina...

Depois de assinar até o abaixo assinado do Viva Amazônia (exagero total), eles resolveram nos dar uma folguinha para aproveitar o que as redondezas poderiam nos oferecer. É hora de conhecer os parques e dar o real uso das nossas ID's da Disney. É o que eu adoro chamar de carteirada, abominava tanto no Brasil e aqui tô achando o máximo. Lógico, porque aqui quem dá a carteirada soy yo!

Enfim, nos dias em que eles nos dão para descansar, fazemos justamente o contrário! Ficamos cada vez mais cansados nas maratonas dos parques, é cada dia um, é fila atrás de fila é a "difícil" escolha do fast pass ou fila, eis a questão> São as primeiras compras sendo feitas nos shoppings, os primeiros laptops aparecendo na vizinhança, os tênnis aproveitados em liquidações mirabolantes... Não é à toa que nego aqui fica bolado com a mania consumista de brasileira. Se eles tivessem uma mínima noção do quanto as coisas por aí no Brasil são absurdamente caras, se eles passassem um ano com salário E consumo brasileiro, queria ver se eles me fariam essa perguntinha ingrata novamente.

Os hábitos alimentares começaram a se estabelecer, se é que isso pode ser chamado se "hábitos alimentares"! Porque de onde eu venho, uma reles bandejinha de congelados não é comida e aqui é refeição! Vovó diria que isso é o fim dos tempos! Mas a gente se acostuma com tudo, até com ichelinas! Os "sabores" preferidos, os lachinhos no Wendy's, os Devi Squares.... meu Deus, Devil Squares, o primo americano do Bolinho Ana Maria tem salvado a minha prátria! Ah, e é claro, Guaraná Antártica (encontrado na seção de imigrantes do walmart), fritos e mojto, meus novos amores.

Só agora que eu percebi que esse texto tá predominantemente gastronômico! Foda-se, vou me especializar em jornalismo gastronômico mesmo.... Enfim, voltanto ao papo, cozinhar aqui não é tarefa das mais fáceis. Aviso aos futuros navegantes: o apê é equipado, mas não éééé. Ou eles não sabem o que é liguidificador, batedeira, torradeira e panelas anti-aderente. Haja disposição para lavar a louça! Ah, sim, esqueci de mencionar: a mulherada aqui de casa (começando pela minha pessoa) têm medo daquele eletrodoméstico louco! Pelo menos no meu apê é tudo meio fóssil, estou para reclamar no front desk há dias e acabo esquecendo, é uma mistura de vergonha com não saber o que falar direito.

Moro num apê de três quartos, sendo que um deles é suite (não, não é meu), os outros dois se fodem no racha pelo banheiro. Ou seja, me fudi! me fudi ainda mais porque a Elizabeth III está nesse racha, eita situaçãozinha ruim! Falando na peste, um dia desses chego em casa com Lud, minha roomie e fiel escudeira e, DUNA, nosso apê vira um salão de beleza. Adivinhem transformado por quem, quem, quem> Sim, a família real também pinta o cabelo! Deveria ter umas 13 pessoas aqui com esse fim, o que gera um mal estar imenso, muita sujeira e o banheiro sempre ocupado. Cara, como ela descobriu que eu ODEIO salões de beleza e fez isso justamente na minha casa> Outra coisa, o resto da mulherada num tem casa não> Tinha que ser todo mundo aqui> Eu só sei que quando vi a cena, encarnei o Darth Vader, dei olá pra todas e entrei no quarto igual um tufão. Em menos de 10 min eu já estava organizando pro dia seguinte uma festa brazuca aqui, daquelas beeeeeeeem barulhentas que os europeus, americanos (ou seja, o resto do mundo) odeiam. Mas o ódio passou, e eu vi que não era possível fazer algo na proporção que eu queria aqui nem rolar uma chance de termination. E eu não vou dar mole pro azar de jeito nenhum. Por mais raiva que eu sinta dessa infeliz, por todos os dias em que eu vir manchas de tinta pelos azulejos e der vontade de fazer merda eu vou pensar: quem pode sair é ela e não eu. A guerra América Latina X Inglaterra foi decretada!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

TERCEIRO E QUARTO DIAS: PAPÉIS, PAPÉIS E PAPÉS

Ahhhhhhh, tá com medinho, zero-dois: então pede pra sair!

Depois de uma semana dessas burocracias eu já não sei o que já fiz e o que falta fazer, só sei que assinei papel que não cabe mais! Acho que o locker que tem nos quartos não é pra objetos extremamente valiosos e pessoais, é pros papéis que a Disney te dá, pqp!

Enfim, entre mortos e feridos e alguns cochilos durante as palestras e sendo desperta pelos Wuhuul's dos recrutadores (atenção futuros calouros, estejam preparados, eles adoram esse som) a minha vontade era sim de pedir pra sair, pro meu quarto ou pra quanquer lugar onde eu pudesse tirar um chochilo. As feições das pessoas é a mesma: cansaço. Isso porque nem começamos a trabalhar ainda, mas a viagem, a travessia na chuva, essa história de armazenar comida trazendo sacolas do Walmart pelo Vista até o prédio de fato cansa bastante. Muitos, como eu, estavam acostumados ao conforto de um carro ou a outro tipo de mordomia e chegando aqui, camaradinha, el buraco és más abajo! Ok, meu espanhol é um lixo.... sorry

Nesses dias teve a "averiguação" do Disney look, que sinceramente não achei grandes coisas, pois tem uma menina aqui que a cabeça dela mais parece uma ovelha e ela passou, então.. escureci pra cacete o cabelo à toa, que ódio!

Também ficamos sabendo onde iríamos trabalhar. Eu, como full service estava meio desenganada com o fato de trabalhar em algum parque, acabei sendo abençoada (papo de crente, né>rs) com o 50's Prime Time Cafe no Hollywood Studios. Um restaurante temático que imita uma cozinha de uma família tipicamente americana dos anos 50. Nem preciso dizer que a minha costume é dos anos 50! LINDAAAAAAAAAA!!!! Em breve eu coloco fotos aqui. Samara, nada de me comparar com Monica Geller, ok> Não uso aqueles soutiens!

Desculpem a falta de exatidão, mas acho que por esses dias, rolou o tal de traditions também. Pra quem não está por dentro dessa palhaçada de disney CP, o trad é uma aulinha onde temos que nos vestir palhaçadamente formais e nessa aula os "valores" e a história da empresa é contada pra gente. É uma coisa passada através das gerações, por isso chamam de traditions. Tô repassando o que a mocinha disse na minha aulinha.... rs
E lá fui eu vestida de aeromoça novamente.... um filme da entrevista de Sampa passou na minha mente. Mas agora a parada era real, eu tinha passado e tava ali. Na boa, deu uma vontade do caralho de chorar! Mas eu tava maquiada e uma cast member do meu naipe não chora em pleno traditions! Não tem uma emoção de um Wishes, não vemos fogos de artifício nem nada, mas é gratificante quando a "fiscal" te olha de cima a baixo, após ter barrado uma china e dizer que você fez um ótimo trabalho no disney look (ok, euu tava RIDÍCULA), chega a ser uma coroação de todo o seu perrengue estar ali, ouvindo toda aquela baboseira que, normalmente eu estaria fazendo piadinhas. Mas naquele dia não, eu estava prestando atenção, me segurando pra não chorar, me parabenizando por ter chegado até ali (e também me desejando boa sorte, pois sabe-se lá o que me aguarda), e acima de tudo, agradecendo aos meus pais por ter me dado a oportunidade de estar ali (ops, AQUI!!!) vivendo toda essa doidera por esses loucos meses que estão à minha espera prontos pra serem vividos da forma mais divertida possível

SEGUNDO DIA: À PROCURA DE UMA ROOMIE

*** a partir de hoje, o ponto de exclamação será desta maneira ">" pois o ponto deste teclado simplesmente sumiu!***

Bem amigos da Rede Globo, a situação está crítica, nenhuma brazuca adentrou o recinto, até o momento temos uma menina de singapura, uma inglesa, uma pessoa que fala espanhol e ... um vulto. SIM, UM VULTO! Foi tudo o que eu vi na minha roomie no segundo dia. Quer dizer, não é minha roomie, meu quarto estava vago, o que me deixou em pânico, pois eu não sabia quem poderia ficar comigo.

Nesse dia tivemos o tal de housing sei lá das quantas onde, reza a lenda, seria decidido qual o seu apartamento. Então, meu problema estava na mesa, precisava de uma roomie brasileira urgente!! Fiquei completamente desesperada sem achar ninguém ou algum apartmento pra ficar, nem tinha arrumado minhas malas no meu quarto. Até que na hora de ir fazer esse sei lá o que do housing, já totalmente sem esperanças me aparece a dani com uma vaga no apê dela e lá fui eu com o número dele escrito pra fila, toda contente. Maaaaas, minha real roomie estava à minha espera na fila (sem saber, claro) igualmente desesperada por uma companhia brazuca. Nem preciso dizer que topei na hora!

Perfeito, fechou, já era uma pessoa que eu conhecia, tinha vindo comigo no vôo, gente boa e não era daquelas patys no-jos! Então segue a chamada do Vista Way 3804: eu e Lud (brazucas), Chay-in (Singapura, não sei se é assim essa porra de nome doido!), Vicky (iiiirc, inglesa) e Jasmine (la chica mexicana!). Aaahhhhhhhhhh, já ia esquecendo, sabe aquele vulto que eu disse lá em cima> então, era mais uma brazuca, a Mari, mas eu só fui vê-la depois de tudo arrumado aqui em casa e nem sabia que ela era do Brasil, a idiota aqui ficou conversando com ela em inglês, só depois que eu percebi que Mariana é um nome tipicamente brasileiro. Dãããããã

Agora sim, posso arrumar minhas malas! Tchurururu....

quarta-feira, 9 de abril de 2008

YEEEEAAAAAAAAHHHHHHHH, BABY, I`M HERE NOW!

Enfim chegou a tao sonhada hora! Orlando ai fui eu. Digo isso no passado porque ja estou em plena quarta feira e cheguei no domingo. Ah, e nao ligue para a falta de acentuacao nas palavras, estou escrevendo do club house aqui do condominio ja que a grana para arrumar um note pra mim ainda nao foi suficiente.
well... vamos por dias passados:
primeiro dia, domingo:
um perrengue master para dormir e conter o fuego nel rabo, afinal, era a primeira vez que muitos de nos estavamos reunidos, o que deu um rebuico do caralho! Resumo dessa opera: levamos esporro durante a viagem quase toda por causa do ti-ti-ti. Mas.... e o foda-se?
Ainda no aeroporto de Orlando, ja depois da conexao (pois paramos em Atlanta antes e quase nos perdemos) ficamos sabendo onde ficariamos, os apartamentos e os condominios. Vimos ali que os tais macetes de "ah, fica perto na fila, ah, diga que sao amigas..." NADA COLA. tudo e pre definido, nem adianta chorar as magoas pro rapazinho do guiche. O que aconteceu foi que a nossa utopia de transformarmos o nosso intercambio num remake de friends fora por agua abaixo quando vimos que metade do pessoal foi para o Chatham e outra metade para o Vista Way. Eu, que sempre caguei para a "boa" fama do Vista, acabei caindo la, enquanto amigos meus que deliravam com a ideia de festas e otras cositas mas no condominio acabaram ficando na quietude do Chatham. Estranho, nao? por momentos senti um certo isolamento, por outros, senti DESESPERO, mas isso e uma outra pauta....
Chegando no Vista, chovendo mais que Petropolis em janeiro, tivemos que levar nossas malas nos nossos predios. Seria simples se nao fosse o fato do meu predio ser na casa do cacete e eu tivesse umas 247565652 bagagens entre malas, casacos e travesseiro. Na base da solidariedade, comeguimos chegar aos devidos apes, valeu, Lu! Depois fomos ao Wall Mart, uma facada de nada mais, nada menos que 117 dolares e isso porque eu me controlei pra caralho! No meio de tantas novidades, tantas guloseimas, tantas coisas que sao apenas bonitas que compramos apenas por comprar, eu simplesmente comprei o basico e ainda faltou horrores, nem acreditei que era eu mesma quem fez aquela compra tao controlada. Novamente, valeu, Lu! Muitos encontros durante as compras e o veredito: ninguem ficara comigo no ape :(
E agora o desespero reina! Cegando no ape, quando eu entro, ja sabendo que ninguem do meu voo do Rio ficara comigo, e na esperanca de alguem do voo de Sampa chegar, vejo uma mala de Singapura justamente na suite. Porra, logo na suite? Tratei de pegar logo outro quarto, colocar minhas coisas e torcer pra alguma brasileira legal ficar na minha casa. E o que aconteceu, e o que aconteceu, e o que aconteceu? Que Mibinha se fudeu! A noite foi chegando e eu percebi que NINGUEM do Brasil ia ficar no meu quarto, alias, ao que tudo indicava, so eu e a quase japa ficariamos num ape para seis pessoas. Mas a madrugada revelou mais duas pessoas.... (continua)

sexta-feira, 21 de março de 2008

HIP, HIP, URRA! O fim da tortura final

“Caraca, tô me sentindo na novela América!” Eu nunca fui tão censurada por soltar um comentário tão simplório! Paulinha praticamente me deu um tiro em pleno consulado americano por eu ter falado isso! Enfim, estávamos nervosas e achando que aquilo era um Big Consulado Brasil.


Depois de passar dias a foi juntando documentos, imaginando conversas com o cônsul, supostas situações, milhares de “se se’s..”, da família numa torcida que a gente chega a achar ser quase utópica, dos amigos levarem numa não seriedade esse assunto que chegamos até a nos afastarmos deles e com os novos amigos cast members só falamos isso, enfim, surtamos! A entrevista para o visto passa a ser o nosso pesadelo final... Imagine só, todo o nosso esforço até aqui será validado por um reles carimbo que estará nas mãos e boa vontade de uma pessoa que mal te conhece e mal leu toooooodos aqueles formulários que você preencheu com todo carinho e cuidado. As minhas últimas duas semanas (no mínimo) foram muito tensas, eu só pensava nisso, só pensava que não queria ter nadado tanto pra morrer na praia.


Um menino do nosso grupo não conseguiu o visto, o que me deixou muito abalada. Fiquei muito triste por ele, me coloquei no lugar dele, foi como se meus sonhos tivessem sido cortados da mesma forma que os dele também, foi uma dor não solidária, eu me senti como se fosse ele. Talvez porque somos da mesma idade, e senti isso na pele por antecipação... fiquei maaaalllll, me abalou isso e me deixou ainda mais noiada com todo esse processo.


Chegado o grande dia, eu não havia dormido na véspera.... se dormi, foi papo de duas horas no máximo. E lá fomos nós teeeeensas e eu tentando conter meus comentários absurdos pra não correr o risco de não levar um tiro das minhas amigas! Primeiro passo: impressões digitais, ok! Segundo passo, entrar em uma cabine e falar com a moça. Seria uma entrevista? Pra mim, não. Mas eraaaaaaaaa! E lá foi a lost total aqui entrar na cabine e falar com a moça. Ela me perguntou umas coisas do meu nome e curso. Até aí, ok... pensei que fosse conferência de documentos. Aí, DUNA.... ela começa a falar em inglês comigooooo! Não resisti, comecei a rir e perguntei se aquilo era entrevista! A mocinha deu um leve riso e disse que sim. BELEZA! Já comecei dando mancada numa coisa séria, só eu pra fazer uma coisa dessas! Mas depois fluiu legal, dando altos engasgos, lógico, não estava preparada pra uma entrevista, e muito menos em inglês, ainda mais com a mocinha me questionando sobre a profissão da minha mãe. A culpa não é minha se não existe tradução para instrumentação cirúrgica!


O alívio chegou quando a mocinha disse a palavra “visto concedido”. PUTAQUEOPARIUUUUUU! Que palavra mais bonita! Deu uma vontade de dar o bombom que eu tinha guardado na bolsa pra ela... só por gratidão! Caraca, agora nada me impede de ir!!! Depois disso rolou uma comemoração com minhas amiguinhas powerpuff no Taiping e os torpedos comendo solto! Deu vontade de mandar torpedo pro Bush pra avisar que agora eu tinha visto J1!


Cara, parecia meu aniversário novamente, com aquela enxurrada de parabéns, parecia vitória no Brasileirão quando aqueles caras levantam placa do “eu já sabia”...
parecia mais um dia feliz na minha vida....

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

VIREI GENTE PRA DISNEY!!!!

Apenas para tirar onda.....
uma imagem vale mais do que as minhas zilhões de palavras.....

uhuuuulllllllllllllll, tô me achando!
trecho do email que eu recebi hoje pela manhã

DA DISNEY!!!!

lero, lero....

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O decreto

Nasceu, é menina!!!!!

Seu nome? Meio complicado, igualzinho ao da mãe: Full Service. Em outras (mais vulgarizadas) palavras, serei a hostess dos restaurantes, bares ou, quem sabe (delirando bastante) casas de show. Sei lá, me disseram isso! A minha intenção era ficar em restaurante e ponto final, nem sabia desse resto todo, mas... Se tiver, BELEZA!


A mãezona orgulhosa sai contando pra geral! Afinal, nem sabia se ia passar na entrevista. Porém, algo me dizia que se eu passasse naquela porcaria, o universo conspirava pra esse role. Minha personalidade e meu jeito de tratar (se não, paparicar) é típico desse cargo tão peculiar. Sombra e ar condicionado aí vou eu! Hehehehehe


Ou vocês estavam pensando que eu estava ultra tranqüila em enfrentar o verão da Flórida? Nãããããão! Sou um urso polar, um ser dos Alpes Fluminenses! Não consigo lidar bem com o calor, mas ABAFA isso, hein? Rs


Muitos, como eu, adoraram seus cargos, outros nem tanto, mas ficaram felizes do mesmo jeito, afinal, TUDO PELA DISNEY! A diversão vai comer solta de uma forma ou de outra. A gente vai ralar, vai trabalhar até botar a língua pra fora e, mesmo assim, quando o programa terminar, a gente vai querer voltar pra botar a língua pra fora novamente! Rs


Alguns vão se unir cada vez mais, outros vão se afastar, outros vão se ver somente nas festinhas... Não sabemos o que nos reserva, não sabemos das amizades internacionais que podem surgir. Os bordões já estão sendo criados, a primeira festa já está sendo pré-organizada tadinho do Mickey...


Não importa se estaremos divididos em quick service, full service, custodial, life guard, operations, merchandise, vacation planner, hospitality, resort hopper ou está esperando o processo de julho para ser nosso calouro, o que imporá é que seremos um único grupo. O que VAI BOTAR NA CONTA DO MICKEY! rs



Mamãe tá feliz com seu baby...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

SIIIIIIIIIM, MILAGRES ACONTECEM!!!

Após dias de angústia e de ter optado pela clausura o terror acaba com um milagre. Do nada, duas de nossas combatentes vêm me dar a notícia: SAIU! Mas isso já tava tão batido que pensei que fosse brincadeira e, logo depois uma delas me diz "não, é sério, eu passei!".

Fiquei ultra feliz pela Bruna e pela Carol, como se fosse comigo mesma, e como se aquela sensação estivesse a quilôôômetros de distância de mim. Mas elas foram autruístas e insistiram para que eu não desistisse de atualizar minha caixa de emails. E não que elas estavam certas?
Na segunda tentativa... BANG! (tava com saudade dessa onomatopéia!) lá estava ele, lindo, quase tão esperado como um bebê!

Depois disso foi um festival de "passou?" "passei!". Alguns de nossos soldados não passaram e a nossa esperança é que eles possam ir em julho para ser nossos calouros para serem zuados, trotados (levememte, claro... a Disney não permite) e se divertir conosco, como estaremos fazendo desde abril. Muita ralação, muito estudo, muito tudo!!! Uma vida nova acaba de mostrar o trailler pra mim.



Depois de muitos nãos, finalmente a vida me diz um doce, escandaloso e alegre YES!





Eis a prova do crime pra não acharem que eu e stou delirando! hehehehehe






Já recebi emails com declarações de amor, rompimentos de namoro, com as mensagens de apoio mais lindas, os depoimentos de amigos mais tocantes que se possa imaginar. Mas nada, nada foi tão esperado ou me emocionou tanto quanto esse simples email aí. Hoje meu coração volta a bater normalmente, hoje eu estou livre para falar sobre meus planos, hoje eu posso voltar ao convívio das minhas pessoas queridas (que não faziam idéia do porquê eu andava tâo apreensiva). Sim, esse email significa a realização de um sonho e também a minha LIBERDADE!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

sitting waiting wishing...

HELLO, ROOOOOOOOOOOOOOMMIES!
a lenga-lenga da vez está no outro pois correspode às duas vidas
parece novela das oito, não? rs
aaaaahhhh, outra coisa
aviso aos navegantes!
vamu parar com a palhaçada de ler, vir falar comigo enão comentar, hein? tô monitorando as visualizações. não se reprima, não se reprima, não se reprima... menudos fever! hehehe
passem lá em "casa"
http://naosouneurotica.blogspot.com/
bju!!!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O DIA D - de fazer a entrevista!!!!

NERVOSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!
Essa deve ter sido a palavra que falei durante dias a fio toda vez que lembrava da bendita entrevista. Realmente, era impossível conter os nervos. A não ser uma pessoa que não queira tanto, que queira algo mais ou menos... Mas eu quero muito, muito mesmo! Por isso ficava tão alterada.

Após uma noite praticamente não dormida a mulherada acorda quase instantaneamente para se arrumar (os perrengues serão listados no final do texto). Bate aquela insegurança sobre o tal Disney look “ai, será que eu tô muito pronta?”, a minha resposta estava na ponta da língua: eu estava pronta para pegar o próximo vôo, pois aquilo que eu trajava era o Varig look dos anos 80! Cabelo, maquiagem prontas, é hora de embolar tudo na mala e fazer o check out, não sabíamos que teríamos que sair naquele mesmo dia, portanto o melhor foi garantir a saída e deixar as malas no hotel. Fizemos um pequeno ensaio fotográfico no lobby do hotel e fomos para o teatro onde seria realizada a entrevista junto com a palestra.

O bom de você chegar acompanhada em algum lugar é que te dá uma puta segurança quando você encara um outro grupo. Se eu estivesse sozinha, morreria de vergonha e, logo procuraria algum conhecido. Mas não, estávamos juntas, fortes e saímos do táxi gargalhando, chamando atenção ou, como os paulistanos dizem, causando. A primeira palavra que gritamos quando vimos aquele grupo enorme ainda na calçada da escola foi “FUDEU”. Estranhamente logo depois disso, todos entraram. Até hoje não entendi essa entrada em massa, mas, enfim, esadof!

Chegando lá foi um tal de oi pra lá, quem é da comunidade pra cá, cumprimentar que eu não sabia e fingir que sabia... Foi uma zona! Aos poucos a coisa foi se normalizando e os amigos virtuais foram virando amigos reais. Exceto algumas pessoas estranhas... Que, aliás, hoje, dia 13 (já 14, pois passa da meia noite) depois de muitas conversas com os novos amigos gerou muito bafafá. O que os minhocas da terra (lê-se paulistanos nesse caso) tiveram contra nós? Tentamos tirar foto com o grupo reunido e eles simplesmente nos ignoraram. Já temos inclusive um Judas para sacanear tamanha a antipatia dele conosco. Mas ele não foi o único, tenho provas fotográficas de mais duas meninas que não quiseram participar. E acabei de perceber que sim, nem todos os paulistanos são antipáticos, vi pela foto que um representante da terra da garoa estava entre nós. Então, alô moicano da camisa azul que tava na foto: valeu pela participação e por não ter preconceito com gente simpática. Você já ganhou pontos na diretoria! Se eu esqueci mais alguém, desculpe, pode me esculachar. Mas realmente foi revoltante! Estamos fazendo de um tudo para enturmar o povo todo e esse distinto grupo comete esse disparate, ora, convenhamos, Disney is all about friendship!

Após os rituais de iniciação dos “oi, tudo bem, eu sou a Fulana”, fomos para a palestra. Chegando lá, a longa espera pela doce Sue que se encarregou pelo falatório todinho. Assistimos a um vídeo basiquinho e, sinceramente, achei que a palestra fosse bem mais esclarecedora. Acredito que todos nós devemos saber bem mais do que o que fora exposto naqueles slides. Somente algumas (eu disse algumas) observações dela que foram esclarecedoras, de resto, nenhuma novidade. Agora chega a hora do pessoal “amistoso” ficar puto e, sinceramente, com razão: as meninas da STB informam que como havia muita gente de fora do estado e da cidade eles teriam que fazer a entrevista no dia seguinte. Agora sim, TODOS os nossos nomes estariam na macumba naquele dia! Hahahahaha poxa, mas foi vacilo mesmo, a agência deveria ter avisado pra eles antes, já que todo mundo ali confirmou pelo menos com dois dias de antecedência. Dessa vez, (somente) eles tiveram razão. Não quero criar inimizade com ninguém e muito menos forçar, quem me conhece sabe que eu sou espontânea ao extremo, falo o que tiver que falar na face. E o comportamento no saguão do teatro não me desceu e ponto final. Se algum dia eu vir a ser amiga deles, vou jogar isso na cara dos malandros até o fim! Hehehehe

Chegou a hora dos forasteiros serem divididos em duplas. Sim, a entrevista foi em duplaaaaaaa! Tá pensando que é bolinho? A senha foi o horário. Minha dupla foi Luci, thank God! Não queria cair com nenhum desconhecido. O legal é que enervamos juntas nesse período juntas, cheguei a pensar que eu a fiz ter pesadelos, conversamos muito nesse tempo pré-entrevista. Fiquei muito feliz com minha partner de matadouro.

As pessoas iam saindo e nós, logo na saída da sala esperando por elas para saber como foi. Mas as recrutadoras não nos deixavam conversar com ninguém. O que é isso? Ex bbb? Não pode falar com a imprensa? Eu posso ser da Globo um dia, viu? Chegou a nossa vez... NERVOSSSSSSS!!! Comecei a cantar a marchinha fúnebre só pra descontrair, mas pelo que vi não fui bem-vinda. A Sue (entrevistadora-mor) nos chamou e a zuação começa. A pobrezinha não falava meu nome nem por reza forte. Saía tudo, menos Mahyba. Expliquei que era indígena, talvez a dificuldade dela tenha sido daí e depois da entrevista e inúmeras tentativas de lembrar e falar meu nome (percebi ate um certo constrangimento perante a dificuldade) ela me perguntou (quase sugerindo uma mudança) se eu fazia questão que meu nome ficasse no meu tag é lóóóóóóógico que não, já tava preparada pra isso, então, a Mahyba cede lugar à Miba, que ela leu perfeitamente e achou so cute! Faaaalsa... rs

Well, vamos à entrevista. Não vou lembrar exatamente os detalhes de como ela começou tudo, mas creio que a primeira pergunta foi como eu fiquei sabendo do hospitality program. Eu respondi que já queria fazer intercâmbio, mas considerava a Disney um sonho impossível já que sou jornalista e não sabia que comunicadores eram aproveitados até ver no site da stb. Depois ela quis saber por que eu quero ir pra lá e eu falei sobre o livro sobre viagens que quero escrever daqui uns 5 anos e da “profecia” que minha profa de teatro fez quando eu tinha 13 anos dizendo que eu seria uma escritora, e que essa vontade surgiu exatamente na minha viagem pra Califórnia, na Disneyland (ela deve ter gostado). Uma coisa que eu estranhei foi o fato dela ter me perguntado se eu conhecia alguém que já tinha ido pra lá. Fui muito sincera, não sei se fiz bem, mas respondi que sou como uma corrente, sempre sou a primeira e puxo o bonde.

A partir daí ela caiu matando nas minhas escolhas pra role. Acho que ela não entendeu o que uma jornalista quer tanto ficar na parte hoteleira e gastronômica. Mas as minhas respostas bem humoradas deram o seu recado. Aliás, qual resposta não foi humorada? Tô com medo dela me achar uma piadista... E deve ter me achado com cara de dondoca, pois, implicitamente, eu senti que ela me perguntou se eu queria mesmo optar (3ª opção) por resort hoper, pois nela eu posso ficar com housekeeper e o serviço pode ser pesado. Eu precisei falar que morava sozinha, que faço tudo na casa dos meus pais, que sou uma desperate housewife pra ela entender que o sistema aqui é realmente bruto. Nas outras roles ela só ria, pois os meus argumentos eram os mais imbecis. “Miba, por que você quer Full service?” porque eu adoro restaurante, tenho memória fotográfica, sei lidar com todo tipo de gente, blábláblá...”, “tem experiência em restaurante? Em casa!!!”, “porque você optou por quick service? Porque eu amo comida, oras!” eram as respostas mais absurdas do mundo! Se ela me aprovar, é porque precisa de um dublê do pateta.

Ela me colocou em uma situação de full service (minha 1ª opção) na qual o restaurante está lotado e chega um grupo que queria uma mesa, pois aquela noite seria a sua última e me pergunta o que eu faria. Minha resposta? Disse: enlouqueceria, claro! A coroa arregalou um olhão... Depois caí na gargalhada e falei que estava brincando. Acho que eu disse o que todo mundo faria. Eu já passei por essa situação, enquanto guest e sei o quanto é importante ser bem atendido. Disse a ela que monitoraria as mesas que estivessem comendo sobremesas e, enquanto isso, ficaria entretendo os da espera e pediria aos garçons para servirem umas bebidas a eles ou alguns petiscos. Tudo para que a espera não fosse um tormento. Acredito que ela tenha gostado disso. Gostou mais ainda quando disse que tenho memória fotográfica! Meu Deus, pra ela eu sou um simples cérebro capaz de armazenar dados e criar piadinhas...

O ato final foi mais emocional. Ela me perguntou o que eu acho da vida (acho que foi algo nesse tipo) tentei falar de Deus (pra mostrar que não sou tããããão perdida assim). Disse que o chefão jogou a gente aqui pra aprender, todos os dias aprendemos coisas, sejam elas divertidas ou não e que eu tenho a tendência a ver as coisas pelo lado positivo, o negativo eu tomo como lição, não como castigo. Lóóóóóóógico que puxei o saco da Disney dizendo que era por isso que eu tava ali, pra aprender, em todos os aspectos, trabalhando, estudando e com as pessoas. Depois ela me perguntou pelos meus pais, o que eles achavam disso tudo que estava acontecendo. Juro por Deus, não sei o que acontece! Eu devo ter muita cara de filhinha do papai! Deve ser a zilhonésima entrevista que eu faço e me perguntam isso! Todo processo seletivo onde eu tenho que ficar longe da família é a mesma lenga-lenga. Logo eu? Independent woman? A desgarrada da casa, ovelha negra? Tadinha de mim! Eu contei pra ela que eles ainda estão viajando um pouco, estão meio sem acreditar, mas me apóiam em tudo que eu faço. Acham que eu sou meio doida, mas sabem que tudo que eu faço é sempre por um propósito maior que eu. Tô tentando falar aqui de uma forma bonita, mas Luci estava presente sabe que o deboche comeu solto!

Meu inglês esteve péssimo, minha audição esteve brilhante. Engasguei até mesmo para soletrar. Valeu, Luci!!! Espero que a Sue não leve em conta todos os meus solavancos e queira levar a Madame Deboche para Orlando. Quero muito, muito, ir.
Se existe uma palavras para definir o que foi essa entrevista eu pediria duas:
RISOS E ALÍVIO!

A chegada em Sampa

Quando você chega ao Rio vem logo músicas como “Samba do avião”, “Cidade Maravilhosa”... Sempre ressaltando as belezas da cidade. Também, pudera, né? Não vou ficar puxando sardinha pro meu lado, é que a sensação que quando cheguei em Sampa é de que estou em um pólo industrial e então porquê não fazer uma música para isto? Que tal “Samba do metrô”? A primeira vista que tive da cidade foi um imenso corredor polonês de empresas, mega empresas. Quando o ônibus chega no Terminal Tietê, pegamos o metrô (uma das maravilhas da cidade) e... FUDEU!! Estamos acostumados a linha 1, linha 2, certo? ERRADO! Paulista tem uma aranha e não duas simplórias linhas. Após vários minutos de consulta, aparece um guarda para nos ajudar e fala como se fosse a coisa mais banal da face da terra. Meu Deus, como é bom ser nativo!

A moça do hotel disse que ele ficava a 500m da estação, será que esse M é de metros ou de mil? Pois ao confiarmos na informação, dispensamos o táxi e ouvi as seguintes pérolas:
Ana Paula saindo da Estação República: “Até que enfim São Paulo” após mais de meia hora perdidas dentro do metrô
Juliana após deixar a mala cair numa rua um tanto barra pesada levanta e, elegantemente, solta o nosso novo bordão “Tudo pela Disney”.
Andamos umas 25482656 mil quadras perguntamos para várias pessoas e a sensação que eu tinha era que cada uma delas nos mandava para uma direção nova. O estranho é que eles falam de rua como se a gente conhecesse, oras, se estou perguntando é porque não conheço ou não percebes o lindo carioquês? Passamos por alguns lugares estranhos e eu e Paulinha gritando para Ju BP o tempo todo BP (o bicho tá pegando), convenhamos que o bicho pegava muito por ali... Passamos pela Rua Ipiranga (ou seria São João) queria passar pelo cruzamento que Caetano diz para saber se alguma coisa acontece no meu coração também ou apenas o medo que eu tava sentindo de estar ali vendo aquela “rapeizi”.No dia seguinte descobrimos com um taxista que o nosso trajeto é cenário de muitas bocas. Maravilha, turismo marginal, nada mais antropológico, não?

Entre mortos, feridos, suados e esbaforidos chegamos ao hotel e... Cadê minha reserva? Eles não fizeram. Simplesmente ignoraram a reserva que fiz on line quase 5 dias antes. A sorte que o hotel que não era grande coisas estava vazio. Entramos e começamos a desempacotar nossas fantasias de gente séria para o dia seguinte. A fome negra estava acabando conosco e, que tal um Burger King? Maravilha, estou na seca desde Buenos! A moça do telemarketing dia que eles não fazem entrega. Onde já se viu uma rede de fast food não fazer entrega? Resta o que mesmo? Alguém lembra daquele lugar amarelo e vermelho? “O pedido demora 45’, senhora” e Paulinha tem a “brilhante” idéia de usar o fogareiro para manter os lanches quentes enquanto ela toma seu banho. Eu e Ju vendo tv e pra que vigiar o fogão, né? O cheiro de queimado se espalha... Quase perdemos todo nosso lanchinho! Quase incendiamos nossos saquinhos do McDonald’s.

Estômago cheio, banho tomado é hora de dormir. Dormir, sério? Santa ingenuidade! Já viu quando um bando de comadres se junta num quarto antes de dormir? Fofoca é coisa pouca. Tenho pena de quem estava no quarto ao lado, acho que discutimos até a cotação do dólar!
Éééé, a noite foi curta!

A véspera



“Bem amigos da Rede Globo, a galegona resolveu surtar, está fazendo caras e bocas sozinha, chora tem conversas imaginárias e sai dando patada em todos à sua volta. O melhor que a comunidade pode fazer é afastar-se dessa disneyzilla!”

Se Fernando Vanucci na Rede Globo ainda estivesse, e se eu fosse uma celebridade, talvez esse seria um bom texto para o Plantão da Globo. Preferi não escrever nada sobre a minha tensão pré-entrevista. A negatividade andava tão alta que meus peixes se escondiam de mim no aquário. Realmente, virei uma monstra!

Enfim, dia 11 (a véspera) chegou após várias conversas de MSN e Orkut sobre quem vai pra São Paulo, quem ficará na cidade e quem vai fazer a entrevista por telefone. Muito se falou, se especulou, mas sim, chegamos! É estranho você marcar uma viagem com pessoas que só conhece virtualmente... Apertei o foda-se e vamu que vamu! Chegando na rodoviária, a maior tranqüilidade, as comadres já na maior descontração então aquela história de ser estranho isso ou aquilo cai por terra. Afinal, estamos nos preparando para dividir seis meses de vida com alguém que possivelmente nunca vimos na vida e uma simples viagem não é o fim do mundo, né?

Acredito que o pessoal do ônibus deve ter pensado que éramos amigas de longa data, pois o falatório era sem fim. Logicamente imaginei que alguns queriam nos expulsar. Sabe o que eu penso disso, não é? Aquela palavrinha que começa com F...

Enfim, viagem mais tranqüila que essa, impossível! Nunca viagem de ônius tão confortavelmente. O que foi aquele lanchinho? Atenção Gol Linhas Aéreas, te cuida, eles servem goiabinha também, dois (eu disse DOIS) biscoitinhos, suco e dão jornal. Um luxo! O travesseiro melhor do que aquele pano dobrado que os aviões insistem em chamar de travesseiro. Com direito a filme, tava me sentindo em vôo internacional! Hahahahaha
Gostei e faria novamente!

E olha só o que encontramos no caminhoooooooooo!!!!
Como diz meu cunhado: É muita sOOOORRRRRRRRRte!!! rs

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A confirmação da entrevista final

A história do “BANG!” se repete. No dia da “Revolta Virtual” onde eu acordei com o decreto de que não iria acessar a Internet por pelo menos 24h, a necessidade me chama para o vício. Ainda bem! E começa a enxurrada de MSN com assuntos do intercâmbio, aniversário, bobagens e eu não conseguia resolver o que de fato estava ali para fazer.

Estava tentando gerenciar todas as telas ao mesmo tempo (coisa muito difícil para uma pessoa que acabara de acordar) até que... BANG! o assunto “entrevista confirmada” surge em uma das telas. Não sei quantos pqp eu soltei, tremia feito vara verde e não conseguia entender direito o que de fato estava acontecendo. Sabe quando você pensa que tudo é uma pegadinha?

E, de repente... BANG! o email da confirmação é lido. Detalhe, email foi recebido no dia 31/01 convocando para entrevista presencial (12/02) ou via telefone. Mais em cima do que isso, impossível! Enfim, quando a gente quer muito uma coisa, sempre damos um jeito. Sim, vou para São Paulo linda e formosa fazer a entrevista com o pessoal da Disney. Fácil, não? NÃÃÃÃÃÃOOOO!!! Sair da minha casinha para aquela selva de concreto não vai ser bolinho!

Vou ter que me virar para conseguir acomodação, transporte e administrar o tempo para que tudo dê certo e eu não chegue atrasada bem na hora. Muita coisa para pensar? Ainda não! Falta ainda ver as pessoas que irão comigo, se é que vão. Meu Deus, tô me sentindo aquelas chatas organizadoras de excursão que ficam o tempo inteiro procurando as pessoas falando sempre as mesmas coisas. Fazer o quê? Enquanto essa situação não acabar, eu não vou sossegar.

Falando em sossego, onde é que ele está? Justo na semana do meu aniversário, ele sumiu... Agora é só pensar nessa bendita entrevista! Já adiei a comemoração na esperança de que eu faça uma comemoração de despedida (tomara!).

Os últimos documentos já foram preenchidos hoje. Ei, peraí, eu já não falei sobre isso no post anterior? Não! Mudança de planos, mais formulários e eu fomos salva pelo gongo! Nem em prova de concurso eu vi isso, não podia rasurar uma coisinha sequer, nem a minha professora mal comida de matemática da sétima série era tão severa quanto eles. E sabe o que aconteceu? Eu rasurei o formulário! Lógico, fazer merda é comigo mesmo! O que dificulta a coisa é que, reza a lenda, só há um formulário para cada inscrito. Isso leva a crer que.. BANG! Eu tô fora... Mas não. Acho que o Chefão lá em cima deve estar me empurrando de qualquer maneira pra ter essa experiência. Parece que uma menina tinha acabado de desistir do processo e um formulário ficou sobrando. Sobrou pra mim. Se essa história é verdade ou não, isso eu não sei, mas gostei da forma como foi contada para mim, e me fez valorizar ainda mais cada passo que dou, me faz ter mais garra para ir à luta e ganhar essa vaga.

Com perrengue ou não, São Paulo aí vou eu!!!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Carta do banco: O drama

A gente pensa que tudo são flores, passa pela primeira entrevista e contenta-se em surtar apenas pelo fato de se preparar para uma entrevista. Até que.... BANG! Você recebe um email dizendo que você tem que assobiar e chupar cana antes das 12 badaladas do relógio. Mentira, exagero de quem sofreu um puta susto, mas não foi nada muito longe disso.

Um belo dia, estava eu curtindo o meu ócio de quem panfleta currículo e espera a taaal oportunidade que só virá a se concretizar em meados de dezembro (sim, é foda esperar) até que BANG! – hehehe, gostei dessa história de inserir onomatopéias – o tal email de assobiar de chupar cana é lido de cabo a rabo e... BANG! Você percebe que tá ferrada.

No Mibinha Dicionário de Xulidades, estar ferrada e estar na merda significam coisas totalmente distintas.
*estar na merda – conseqüência dos próprios atos mal sucedidos. Ou seja, quem fez foi você!
*estar ferrada(o) – possibilidade de estar em apuros por estar na dependência de terceiros. Ou seja, te cuida, neguinha(o), pois todo mundo pode vacilar!

Após as devidas explicações, voltemos ao email. Essa singela carta virtual dizia, entre outros blábláblás, que eu teria que arrumar uma carta do banco da pobre criatura que ficará durante décadas pagando meu suposto intercâmbio afirmando que na conta dela possui X dólares disponíveis para a minha doce pessoa. Ah, sim, em papel timbrado, com carimbo, enfim, como manda o figurino oficial. Tudo bem, até aí ok, certo? Não, pois eu esqueci de mencionar o idioma: inglês, o que fez muitos gerentes (foi o que eu ouvi falar...) se cagarem. Sabe o que eu acho estranho? Na hora de fazerem exigências de contratação pedem a droga do inglês fluente, mas não colocam os caboclos pra praticarem. A minha paciência esgotava a cada tentativa frustrada. Ah, sim, tinha uma outra desculpa de bancos, a mais despirocada de todas: isso não é padrão da nossa empresa, tenho que pedir pro Bush, pro Papa, pro Ministro da Saúde pro diabo que as partam pra saber se é possível. E enquanto isso a mamãe aqui faz o que? Espera? Vê o avião decolar? Na-na-ni-na!

Uma coisa eu tenho no sangue, força de guerra. Tudo que eu encaro como tal, dá certo. A batalha da vez foi essa bendita carta, apesar de ter um pequeno sentimento de que iria dar merda, que desse na minha frente, e não porque eu não fui pro front. Tentei tudo, se bobeasse, até usaria o poder que só nós, mulheres, temos. No amor e na guerra, vale tudo, e essa foi uma batalha chata e cansativa. Não há nada mais chato nesse mundo do que coisas burocráticas onde você não tem o poder de pegar tudo e falar “deixa que eu resolvo isso, já que você tá de merdinha com a minha cara”.


Se eu ganhei medalha por ter vencido eu não sei. Ainda não oficializei a “vitória”, mas o alívio é mais que oficial. Pra quem leu até aqui e não entendeu xongas, eu só deixo uma lição (como no final dos desenhos do He-Man... lindo...): Não aceite um não como resposta. A não ser que você o tenha construído.

A neurose está apenas começando!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A primeira entrevista

Mil e uma frases pensadas, estratégias foram boladas caso essas frases fujam à minha memória, mas nem assim eu deixei de olhar para o teto e ficar pensando “caraca, que merda é essa que eu to dizendo?”. Não adiantou ficar a semana inteira só na preparação psicológica se o meu lindo psicológico me dá um perdido bem na hora da entrevista!
Entre mortos e feridos eu falei uma bobagem aqui, uma doideira ali (não adianta, eu tenho que eu ser eu mesma pelo menos em alguns minutos!), algumas dificuldades vocabulares acolá, mas no fim das contas o primeiro passo foi dado.

Sim, caro (a) leitor (a), a primeira etapa está lá atrás, pois eeeeeeeeuuuuu passei na primeira fase do processo seletivo para o Disney Academic Program! Seis meses inteirinhos lá em Orlando ralando horrores, participando dos seminários, comprando horrores também e no fim da história, saindo com um belo nomezinho no meu currículo, carregando um certificadinho legal e ainda por cima, poder conhecer uma galera que vem de tudo quanto é canto do mundo. Nada mal, não?

Ééééééééé, É torcer para que a entrevista de São Paulo com o povo da Disney seja melhor e que dessa vez quando eles perguntarem sobre meus estágios eu não me enrole tanto para responder. Também, um cargo que é complicado explicar em português, quem dirá em inglês. Já estou pensando em metáforas... Comparações... Tudo para sair daquela saia justa louca que foi o ocorrido de hoje.

Tentarei abolir os “eeeerrrrr”, os “let me think...”, os “how can I say...” inglesar palavras em português jamais! Ah, e claro manter a clássica auto-zoação que sempre vai bem com todos, bom humor é fundamental. Meu ingrediente secreto só será revelado após a entrevista final. A gente nunca sabe se existe concorrência, né? Viiiiiiiiiiiiixi, ando assistindo muito Big Brother! Agora o jeito é ir à luta, levantar uma grana para os extras (que não zilhares) e para roupinhas de verão que sairão das vitrines em breve e eu ainda vou usar (se Deus quiser) por um booom tempo e ainda estudar mais um pouco de inglês. Dar vexame será a morte!!!



téééééé!