quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Carta do banco: O drama

A gente pensa que tudo são flores, passa pela primeira entrevista e contenta-se em surtar apenas pelo fato de se preparar para uma entrevista. Até que.... BANG! Você recebe um email dizendo que você tem que assobiar e chupar cana antes das 12 badaladas do relógio. Mentira, exagero de quem sofreu um puta susto, mas não foi nada muito longe disso.

Um belo dia, estava eu curtindo o meu ócio de quem panfleta currículo e espera a taaal oportunidade que só virá a se concretizar em meados de dezembro (sim, é foda esperar) até que BANG! – hehehe, gostei dessa história de inserir onomatopéias – o tal email de assobiar de chupar cana é lido de cabo a rabo e... BANG! Você percebe que tá ferrada.

No Mibinha Dicionário de Xulidades, estar ferrada e estar na merda significam coisas totalmente distintas.
*estar na merda – conseqüência dos próprios atos mal sucedidos. Ou seja, quem fez foi você!
*estar ferrada(o) – possibilidade de estar em apuros por estar na dependência de terceiros. Ou seja, te cuida, neguinha(o), pois todo mundo pode vacilar!

Após as devidas explicações, voltemos ao email. Essa singela carta virtual dizia, entre outros blábláblás, que eu teria que arrumar uma carta do banco da pobre criatura que ficará durante décadas pagando meu suposto intercâmbio afirmando que na conta dela possui X dólares disponíveis para a minha doce pessoa. Ah, sim, em papel timbrado, com carimbo, enfim, como manda o figurino oficial. Tudo bem, até aí ok, certo? Não, pois eu esqueci de mencionar o idioma: inglês, o que fez muitos gerentes (foi o que eu ouvi falar...) se cagarem. Sabe o que eu acho estranho? Na hora de fazerem exigências de contratação pedem a droga do inglês fluente, mas não colocam os caboclos pra praticarem. A minha paciência esgotava a cada tentativa frustrada. Ah, sim, tinha uma outra desculpa de bancos, a mais despirocada de todas: isso não é padrão da nossa empresa, tenho que pedir pro Bush, pro Papa, pro Ministro da Saúde pro diabo que as partam pra saber se é possível. E enquanto isso a mamãe aqui faz o que? Espera? Vê o avião decolar? Na-na-ni-na!

Uma coisa eu tenho no sangue, força de guerra. Tudo que eu encaro como tal, dá certo. A batalha da vez foi essa bendita carta, apesar de ter um pequeno sentimento de que iria dar merda, que desse na minha frente, e não porque eu não fui pro front. Tentei tudo, se bobeasse, até usaria o poder que só nós, mulheres, temos. No amor e na guerra, vale tudo, e essa foi uma batalha chata e cansativa. Não há nada mais chato nesse mundo do que coisas burocráticas onde você não tem o poder de pegar tudo e falar “deixa que eu resolvo isso, já que você tá de merdinha com a minha cara”.


Se eu ganhei medalha por ter vencido eu não sei. Ainda não oficializei a “vitória”, mas o alívio é mais que oficial. Pra quem leu até aqui e não entendeu xongas, eu só deixo uma lição (como no final dos desenhos do He-Man... lindo...): Não aceite um não como resposta. A não ser que você o tenha construído.

A neurose está apenas começando!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A primeira entrevista

Mil e uma frases pensadas, estratégias foram boladas caso essas frases fujam à minha memória, mas nem assim eu deixei de olhar para o teto e ficar pensando “caraca, que merda é essa que eu to dizendo?”. Não adiantou ficar a semana inteira só na preparação psicológica se o meu lindo psicológico me dá um perdido bem na hora da entrevista!
Entre mortos e feridos eu falei uma bobagem aqui, uma doideira ali (não adianta, eu tenho que eu ser eu mesma pelo menos em alguns minutos!), algumas dificuldades vocabulares acolá, mas no fim das contas o primeiro passo foi dado.

Sim, caro (a) leitor (a), a primeira etapa está lá atrás, pois eeeeeeeeuuuuu passei na primeira fase do processo seletivo para o Disney Academic Program! Seis meses inteirinhos lá em Orlando ralando horrores, participando dos seminários, comprando horrores também e no fim da história, saindo com um belo nomezinho no meu currículo, carregando um certificadinho legal e ainda por cima, poder conhecer uma galera que vem de tudo quanto é canto do mundo. Nada mal, não?

Ééééééééé, É torcer para que a entrevista de São Paulo com o povo da Disney seja melhor e que dessa vez quando eles perguntarem sobre meus estágios eu não me enrole tanto para responder. Também, um cargo que é complicado explicar em português, quem dirá em inglês. Já estou pensando em metáforas... Comparações... Tudo para sair daquela saia justa louca que foi o ocorrido de hoje.

Tentarei abolir os “eeeerrrrr”, os “let me think...”, os “how can I say...” inglesar palavras em português jamais! Ah, e claro manter a clássica auto-zoação que sempre vai bem com todos, bom humor é fundamental. Meu ingrediente secreto só será revelado após a entrevista final. A gente nunca sabe se existe concorrência, né? Viiiiiiiiiiiiixi, ando assistindo muito Big Brother! Agora o jeito é ir à luta, levantar uma grana para os extras (que não zilhares) e para roupinhas de verão que sairão das vitrines em breve e eu ainda vou usar (se Deus quiser) por um booom tempo e ainda estudar mais um pouco de inglês. Dar vexame será a morte!!!



téééééé!